A prefeitura levou as brincadeiras tradicionais das comunidades como cabo de guera, corrida livre, futebol do lavrado, arco e flecha e baladeira |
A competição da Etapa Murupu foi entre as escolas Vicente André da Silva (Truaru da Cabeceira), Martins Pereira (Morcego), Francisca Gomes (Serra do Truaru), e Vovô Jandico da Silva (Serra da Moça). Uma verdadeira diversão para os alunos, que revelaram seus talentos nas modalidades de cabo de guerra, corrida livre, futebol do lavrado, arco e flecha, baladeira, além de outras brincadeiras tradicionais indígenas.
“É um evento importante para a rede municipal e para as comunidades. Uma forma de valorizar os costumes, a cultura e demonstrar respeito por todos os indígenas da nossa região”, disse a secretária municipal de Educação e Cultura, Maria Consuelo Sales.
Todas as escolas se destacaram em alguma modalidade, levando para casa medalhas e troféus de 1º, 2º e 3º lugar. A Escola indígena Vicente André da Silva preparou bem seus alunos para os jogos e conquistou sete troféus. Para a professora responsável, Ana Claudia Gino, foi uma experiência marcante para a criançada.
“Essa iniciativa nos levou a estimular nossas crianças para as práticas esportivas, tanto nas modalidades da cultura indígena quanto das tradicionais que as crianças amam. Ficamos em primeiro lugar em cinco modalidades, uma em segundo e outra em terceiro. Estamos transbordando gratidão pela oportunidade. Foi lindo ver a alegria das crianças e a união das equipes. Saímos vitoriosos em todos os sentidos”, disse.
Para a aluna Jholie Enie Aleixo, 9 anos, da escola Vovô Jandico, foi uma alegria ter participado dos jogos. “Agradeço meus professores que ajudaram muito. Me preparei para o Arco e Flecha e o cabo de guerra e conquistamos troféus. Muito feliz pela participação”, disse.
Para o tuxaua da Comunidade Serra da Moça, Alexsandro Chagas, foi uma honra apoiar uma organização desse porte para as crianças da região. “A gente estava na expectativa de receber o evento. Nos organizamos e colaboramos para trazer entretenimento e diversão para os alunos. Foi uma festa para a criançada com lazer, futebol e brincadeiras. A gente sempre apoia iniciativas que valorizam a nossa cultura”, disse.
Etapa Baixo São Marcos - Será na próxima quinta-feira, 5, na Escola Municipal Indígena Ko'ko Ermelinda Raposo da Silva, na Comunidade Campo Alegre, das 8h30 às 16h. O evento envolverá alunos de 8 escolas indígenas do município: Clemente dos Santos; Dukuzyy Sebastião; Ignês Benedicto; Tuxaua Albino Morais; Ko’Ko Ermelinda Raposo da Silva; Vovó Terezinha da Silva; Vovó Tereza da Silva; Vovó Antonia Celestina da Silva.
Educação Indígena: valorização da cultura e tradição dos povos
A mesma atenção educacional da área urbana é dada às escolas indígenas do município, que atendem hoje, cerca de 900 crianças da pré-escola ao 5º Ano do Ensino Fundamental. O ensino nestas localidades tem seu diferencial, como por exemplo, a Língua Materna, onde as escolas ofertam as línguas Macuxi ou Wapichana, como parte do currículo escolar.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) hoje é realidade na Escola Indígena Martins Pereira da Silva (Comunidade Morcego) e está em estudo a ampliação para as demais unidades. Desde o início da gestão do prefeito Arthur Henrique, 8 escolas indígenas foram revitalizadas ou ampliadas. Atualmente, a Antonia Celestina da Silva está em reforma e a Francisca Gomes da Silva (Serra do Truarú) receberá um prédio novo.
As escolas indígenas contam com Café da manhã; Transporte escolar (micro-ônibus e pick-ups para regiões de difícil acesso); Cardápio adequado às necessidades nutricionais e levando em consideração a alimentação tradicional das comunidades. Utilizam os mesmos materiais didáticos das escolas urbanas, contam com laboratório móvel de ciências, lousa digital e mesas pedagógicas.
A SMEC oferta formações aos profissionais nas próprias comunidades, e são feitas visitas periódicas de assessoramento e suporte pedagógico.
- Via Prefeitura de Boa Vista
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