Em solenidade especial, 123 alunos do 5º ano da Escola Municipal Glemíria Gonzaga Andrade celebraram a conclusão das aulas do projeto ‘Maria vai à Escola’, com os certificados em mãos nessa quinta-feira, 15. Esta é uma importante iniciativa desenvolvida pela Prefeitura de Boa Vista em parceria com Coordenadoria Estadual de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima.
O projeto entrou na rede municipal em maio de 2015, já alcançou 24 escolas e mais de 3 mil alunos. O ‘Maria vai à Escola’ acontece em oito aulas temáticas, com metodologias que estimulam reflexões e incentivam os alunos a expressarem suas opiniões, com base em suas vivências. Este ano, 117 alunos da Escola Municipal Professora Ana Sandra do Nascimento também participaram.
A proposta é inserir temas importantes dentro contexto escolar, como por exemplo, novos arranjos familiares; papel de homens e mulheres na sociedade atual; igualdade e direitos humanos; violência doméstica e Lei Maria da Penha. De acordo com a professora do projeto, Aldamira Melo, os retornos por parte dos alunos têm sido positivos.
“Muitos alunos melhoraram o comportamento de forma significativa e também demonstraram interesse profissional em áreas, como direito. No próximo ano o projeto deve passar por pequenas reformulações, retornando efetivamente, já no início do ano letivo”, explicou.
INSPIRAÇÃO – Um desses alunos que concluiu o curso inspirado foi Henrique Barbosa, de 10 anos. Ele afirmou que sonha em trabalhar na área de direito. “Eu já tinha essa vontade, mas depois das aulas isso cresceu. Uma das minhas vontades é ser advogado. Uma das coisas mais valiosas que aprendi é que homens e mulheres devem ter os mesmos direitos”, disse.
A aluna Clarissa Santos, de 11 anos, contou que após o curso passou a se comportar mais. “Eu era mais bagunceira, mas agora estou mais comportada. Aprendemos sobre respeito, as leis… gostei muito”, explicou.
Outro que gostou do projeto é Walyson Santos, de 11 anos. Assim como Clarissa, ele afirmou que o projeto trouxe mudanças positivas para toda a turma. “Éramos a pior turma da escola. Eles chegaram e foram ajudando a gente a melhorar. Hoje sou um dos melhores alunos da minha sala”, disse.