DIA MUNDIAL DO BRAILLE - Desde 2018, rede municipal promove a inclusão de alunos com deficiência visual

Em 2022, seis escolas da rede municipal atenderam crianças com deficiência visual ou baixa visão e se destacam pela dedicação a estes alunos através do Sistema Braille de Ensino


Já imaginou como se alfabetiza uma criança cega? É através do Sistema Braille de Ensino que pessoas cegas ou com baixa visão têm acesso à leitura e escrita tátil em todo o mundo. Este método de ensino entrou na rede municipal de Boa Vista em 2018. O sistema não só ensina a criança com esta condição, como também promove a inclusão destes com os demais alunos no ambiente escolar.

Em Boa Vista, estas crianças contam com um professor de Braille na sala de aula e ainda tem o apoio pedagógico das Salas de Recurso Multifuncional. As escolas que em 2022, desenvolveram o Sistema Braille de Ensino são a Centenário de Boa Vista, Arco íris, Escola do Campo Leila Maria da Silveira, Luiz Canará, Ioládio Batista, Cunhatã Curumim e Raio de Sol. Todas estas unidades desenvolvem iniciativas dignas de reconhecimento.

O Braille é um método de ensino que vem sendo aplicado na rede municipal de ensino de Boa Vista, desde 2018


Veja alguns projetos desenvolvidos em 2022 por profissionais da Educação Especial do município.

“Braille na escola” –
Quando o assunto é inclusão, a Escola Municipal Centenário de Boa Vista é referência. Desde a chegada de duas alunas deficientes visuais – a Lara Bianca, e a Sophia Lopes – as profissionais da Sala de Recurso (SRM), a professora Tatielle Moreira e toda a escola se uniram para desenvolverem o projeto “Braille na Escola”. Uma iniciativa que vem estimulando o ensino por meio deste sistema para toda a comunidade escolar.

“Com a existência delas na escola, começamos a perceber que não podia ser só a professora de Braille a atender as duas alunas e que podíamos ampliar para toda a comunidade. O objetivo é disseminar o Braille e o atendimento da pessoa com deficiência. Com o retorno das aulas presenciais nos preparamos para receber elas, o município implantou o piso tátil na escola, adquirimos a máquina e a impressora braille, alguns jogos pedagógicos e livros em braille”, disse Taise Campos, da SRM.

Escola Municipal Centenário, criou o projeto “Braille na Escola”, com a proposta de toda a comunidade escolar aprender a técnica


A ideia é promover uma maior interação da Lara e Sophia na sala de aula e nos ambientes de convivência. Foi também confeccionado um tapete sensorial como um recurso pedagógico que ajuda no desenvolvimento tátil das alunas, promovendo também experimentos com os demais. A escola conta material adaptado para o ensino, acessibilidade com piso tátil e identificação das salas em Braille.

“Braille em todo lugar" – Este outro projeto é desenvolvido pela professora, Evânia Pereira, que atende crianças com deficiência visual em duas escolas municipais, a Arco-íris e Ioládio Batista. Sua vida profissional é dedicada aos seus alunos Nicolas David e Helena Godói, 7 anos. O projeto surgiu para promover a integração destas crianças e levar o braille para a realidade de outras pessoas.

Professora Evânia Pereira, criou um projeto que integra as crianças a levarem o braille para a realidade de outras pessoas


“Com esse projeto divulgamos o braille, trazemos a comunidade escolar para conhecer também. Cada criança tem sua necessidade individual então a maneira que eu trabalho com a Helena, que tem resíduo visual, não é a mesma do Nícolas. Com ela consigo trabalhar atividades ampliadas, com ele só o braille. É um trabalho individual, mas eles estudam o que os outros colegas estão estudando. Isso é inclusão e faz muito bem para os dois”, disse.

Educação Braille – Desde 2018, este método de ensino começou no município. Surgiu da necessidade de efetivar a inclusão do aluno cego por meio do sistema Braille de ensino, tornando-o mais autônomo, dentro e fora do ambiente escolar. No ano letivo 2022, quatro profissionais atuaram na rede, atendendo oito crianças com cegueira na sala de aula, em parceria com o professor titular.

Aluna Larissa Victória, 7 anos, tem cegueira congênita sendo bem atendida na Escola Municipal Raio de Sol

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