ação ocorre durante todo o mês de janeiro nos 15 locais identificados pela Organização em Boa Vista, capital roraimense - Foto: OIM Brasil
A OIM, Agência da ONU para as Migrações, está apoiado as famílias de refugiados e migrantes venezuelanos que vivem fora dos abrigos federais com a realização de matrícula escolar de crianças e adolescentes para o ano letivo de 2023. A ação ocorre durante todo o mês de janeiro nos 15 locais identificados pela Organização em Boa Vista, capital roraimense.
Os futuros alunos foram mapeados durante os levantamentos mensais feitos pela OIM, que identificam as maiores necessidades e o perfil socioeconômico dos venezuelanos que não estão nos abrigos da Operação Acolhida, resposta humanitária do governo brasileiro. Ao todo, foram identificados 242 crianças e adolescentes para inscrição na rede escolar.
Para atender o cronograma das redes municipal e estadual, um planejamento foi traçado para realização das matrículas no pré-escolar, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Além de realizar o contato com as centrais de atendimento para localização das unidades de ensino mais perto dos locais de residência, a OIM oferece informações aos responsáveis pelos estudantes e faz a emissão de fotografias 3x4 exigidas na documentação pelas escolas.
De acordo com o assistente de Educação da OIM, Rafael Brandão, a ação permite fortalecer as comunidades com independência e integração social em um novo país. “Garantir que crianças e adolescentes que estão nestes locais também sejam inseridos no sistema educacional brasileiro é, não só garantir um direito fundamental, mas também uma oportunidade de futuro para elas e suas famílias”, relata.
Depois do início das aulas, a OIM seguirá acompanhando a permanência desses alunos através das pesquisas mensais realizadas em todas as 15 ocupações espontâneas. Dessa forma, será possível identificar os estudantes que se encontram fora da sala de aula.
Para Yusmely, que chegou ao Brasil há 5 meses, a ação foi uma grande oportunidade para inserção da filha, de 7 anos, em um ambiente escolar. “Na Venezuela vivíamos em uma área de campo e não foi possível estar na escola. Aqui, ela vai estudar e vai aprender a ler. Isso é muito importante. Quando cheguei aqui, soube que estudar é um princípio”, disse.
As atividades foram articuladas com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), que estão atuando com a população venezuelana residente nos abrigos federais e outras localidades de Boa Vista.
PASSAPORTE PARA A EDUCAÇÃO – A OIM, em parceria com a o Unicef, também apoia crianças e adolescentes refugiados e migrantes venezuelanos que participam da Estratégia de Interiorização do governo federal no seu direito ao acesso à educação no Brasil. As famílias com crianças e jovens que deixam de maneira voluntária o estado de Roraima para outros locais do país recebem informativos sobre o processo de matrícula escolar e kits educacionais e de integração cultural.
Distribuídos com uma mochila, os livretos do ‘Passaporte para a Educação’ ensinam sobre a cultura brasileira e a importância da prevenção ao novo coronavírus nas escolas. Um documento em espanhol e em português informa sobre os passos a serem realizados para a matrícula escolar em uma nova cidade. Mais de 10 mil crianças e adolescentes já foram beneficiados com os materiais.
As atividades de educação da OIM contam com o apoio financeiro da Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).
- Via OIM Brasil
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