Arthur Henrique lança programa de atendimento oftalmológico na rede municipal de ensino

Boa Vista é a primeira capital do norte e segunda do Brasil a usar essa tecnologia que vai mudar a realidade de crianças que têm dificuldade de enxergar


Em mais um investimento para a educação em Boa Vista, o prefeito Arthur Henrique lançou nesta quinta-feira, 20, o projeto “Bem-Te-Vi”, que contempla os estudantes da rede municipal de ensino com atendimento e avaliação oftalmológicos, incluindo entrega gratuita de óculos para aqueles que apresentarem problemas de visão. A apresentação da iniciativa aconteceu na Escola Municipal Palmira de Castro Machado, bairro Profª Araceli Souto Maior.

O projeto será desenvolvido em parceria entre as secretarias municipais de Educação e Cultura (SMEC) e de Saúde (SMSA). Primeiramente, será feito uma triagem e o mapeamento oftalmológico de todas as crianças regularmente matriculadas na Rede Municipal. A triagem será em todas as modalidades e etapas de ensino da Educação Municipal: Creches, Pré-Escolas, Ensino Fundamental, Escolas Indígenas e Rurais e alunos da Educação de Jovens e Adultos.

A triagem será feita a partir de um equipamento de alta tecnologia, sendo que Boa Vista será a primeira capital do norte e segunda do Brasil a utilizá-lo. Durante esse levantamento, as crianças que apresentarem problemas de visão passarão por consulta oftalmológica. Sendo confirmada a necessidade do uso de óculos, a prefeitura vai disponibilizar de forma gratuita, em até 30 dias após consulta e o diagnóstico do paciente.

Em sua fala, Arthur citou um dado do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que apontou que de 10% a 20% dos alunos primários necessitam de correção por serem portadores de erros de refração, hipermetropia, miopia e astigmatismo. Destes, aproximadamente 5% têm redução grave de acuidade visual, isto é, menos 50% da visão normal. Além disso, conforme a instituição, 80% do público infantil em idade escolar nunca fez uma avaliação visual.

“Vamos mudar essa realidade em nossa rede municipal de ensino. Das 48 mil crianças que temos em nossas escolas, estima-se que 38 mil nunca fizeram uma avaliação de sua capacidade para enxergar. Então, vamos triar todas as crianças de nossa rede, inclusive jovens e adultos do EJA”, destacou o prefeito.

Como o projeto vai funcionar – A SMEC ficará responsável por criar um cronograma de atendimento das escolas, coordenando os trabalhos. Toda execução do projeto, incluindo Serviço de Triagem Oftalmológica, Diagnósticos e todo equipamento e estrutura a ser montada nas escolas, será custeada com recursos próprios do município. As consultas serão por médicos oftalmologistas de empresa contratada, exclusivamente, para o projeto.

As consultas, assim como a entrega dos óculos acontecerão nas próprias escolas, contemplando não só as unidades de ensino da capital, como também as localizadas em áreas indígenas e do campo.

Caso a criança tenha necessidade de encaminhamento para o atendimento ambulatorial, ela será referenciada ao Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). Destaca-se, ainda, que além dos alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino o projeto também contemplará pacientes pediátricos atendidos no ambulatório especializado em oftalmologia do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA).

O equipamento – Para a triagem nas escolas, a prefeitura vai utilizar um escaneador ocular Spot Vision Screener (Hillrom), dispositivo portátil projetado para ajudar a detectar problemas de visão de forma rápida e fácil em pacientes a partir de seis meses de idade. Os resultados podem ser obtidos em questão de segundos.



A tecnologia permite a captura automática de uma imagem a partir de uma distância não invasiva de três pés, usando o alvo de fixação e os sons que ajudam a manter o foco da criança. Uma tela sensível ao toque brilhante exibe resultados instantâneos, indicando se as medições estão dentro do previsto ou se um exame visual completo é recomendado. Os resultados são fáceis de interpretar e compartilhar com os pais e os oftalmologistas. 

- Via Assessoria/Arthur Henrique

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