Só de falar em mosquitos parece que já se ouve o “zzzzz” deles e é possível senti-los se aproximando de nós. E claro que também tem a incômoda picada que eles dão. Esse é um problema que afeta praticamente todas as pessoas do mundo todo. Justamente por isso que seria perfeito uma solução para as picadas de mosquito, ou melhor, para que elas fossem evitadas.
Ao que tudo indica, essa solução pode ter sido descoberta pelos pesquisadores da Universidade de Auburn. Isso porque eles criaram um novo tecido, que tem uma estrutura geométrica única, e que impede as picadas dos mosquitos.
Os pesquisadores foram liderados por John Beckmann, professor assistente de entomologia e patologia vegetal, e na visão deles, esse novo tecido pode ser um marco na prevenção das doenças que são transmitidas através das picadas dos mosquitos.
O Tecido
Conforme foi visto em estudos anteriores, as roupas normais e os tecidos ajustados não dão uma proteção contra as picadas. Por conta disso os pesquisadores fizeram seu estudo e, através de experimentos com máquinas programáveis eles conseguiram criar um padrão que consegue realmente impedir as picadas dos mosquitos.
Isso é possível porque esse padrão cria uma malha em um nível microscópico que não deixa que os insetos consigam atravessar o tecido. E é claro que não foi somente o fator proteção que foi levado em conta no momento da criação. Até porque, os pesquisadores também se preocuparam com o conforto do tecido.
Os pesquisadores trabalharam muito até conseguir que esse tecido fosse bom para usar. Depois de eles conseguirem chegar no resultado pretendido, os mesmos fizeram a comparação dele com a textura de uma calça legging, ou seja, como se fosse um elastano com poliéster.
Sem picadas
Por mais que o tecido já esteja em uma textura boa de se usar, os pesquisadores querem continuar trabalhando para conseguir um conforto ainda melhor e, no futuro, lançar uma linha de roupas feitas com ele.
Outra expectativa dos pesquisadores é que esse padrão possa ser licenciado para os fabricantes de roupas, o que faria com que ele pudesse ser aplicado nas mais variadas peças.
Mesmo que essa criação e descoberta tenham tido bons resultados, o tecido ainda está sendo desenvolvido. Ou seja, mais para frente ele pode ser um recurso usado na prevenção de doenças transmitidas pelos mosquitos ao redor do mundo.
Mosquitos
Enquanto esse tecido não chega ao mercado, as pessoas se protegem das picadas de mosquitos das mais variadas formas. Contudo, existem aquelas que parecem que tem um repelente natural contra esses insetos. E qual será o motivo de algumas pessoas não serem tão picadas quanto outras?
A resposta está relacionada com a paisagem química invisível que cerca as pessoas. Isso porque para detectar suas presas os mosquitos usam comportamentos especializados e órgãos sensoriais. Através disso eles conseguem detectar os traços químicos que as presas emitem.
Desses, o dióxido de carbono é um fator significativo. E quando as pessoas exalam o dióxido de carbono ele fica no ar em plumas, que os mosquitos seguem como se fosse uma trilha de migalhas de pão. “Os mosquitos começam a se orientar em relação a esses pulsos de dióxido de carbono e continuam voando contra o vento à medida que percebem concentrações mais altas do que o ar ambiente normal contém”, explicou Joop van Loon, entomologista da Universidade de Wageningen, na Holanda.
Através do dióxido de carbono, os mosquitos são capazes de rastrear suas presas mesmo elas estando até 50 metros de distância. E quando eles estão a aproximadamente um metro das possíveis presas, esses insetos levam em consideração vários fatores que são diferentes de pessoa para pessoa, como por exemplo, cor, vapor de água e temperatura.
De acordo com o que acreditam os cientistas, os compostos químicos que são produzidos pelas colônias de micróbios na pele de cada um tem um papel fundamental na escolha dos mosquitos sobre quem ou não eles irão picar.
“As bactérias convertem as secreções de nossas glândulas sudoríparas em compostos voláteis que são transportados pelo ar até o sistema olfativo na cabeça dos mosquitos”, pontuouVan Loon.
Isso é composto por mais de 300 compostos diferentes, variando de pessoa para pessoa por conta de fatores genéticos e ambientais. Por isso que essas diferenças nas proporções podem acabar influenciando e deixando uma pessoa mais propensa às picadas dos mosquitos do que outras.
De acordo com um estudo de 2011, os homens que tinham uma maior diversidade na variedade de micróbios em sua pele eram menos picados do que os que tinham uma diversidade menor. Contudo, como apontou Jeff Riffell, professor associado de biologia na Universidade de Washington, essas colônias microbianas podem mudar com o tempo, principalmente se a pessoa estiver doente.
Mesmo não podendo controlar muito os microbiomas da pele, Riffell pontua que existem coisas que as pessoas podem fazer para evitar algumas picadas, como por exemplo, usar cores claras quando for ficar ao ar livre porque “os mosquitos adoram a cor preta”. E claro que o uso de repelente também ajuda muito.
- Via Fatos Desconhecidos