O observatório Copernicus da Agência Espacial Europeia divulgou que 2023 foi o ano mais quente de todos, desde o início dos registros em 1850. O estudo completo ainda sairá nos próximos meses, mas os dados confirmam as expectativas.
Com temperaturas excepcionalmente elevadas em várias partes do globo, incluindo os oceanos, a média global de 14,98°C em 2023 superou em 0,17°C o recorde estabelecido em 2016.
Ao apresentar o relatório nesta terça-feira (9), Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, enfatizou a magnitude dos resultados climáticos divulgados.
Em suas palavras, 2023 não apenas foi, de longe, o ano mais quente nas anotações desde a década de 1940, mas vai além. Conforme o especialista, testemunhamos o ano mais quente em toda a história da humanidade. E, possivelmente, o mais quente ou um dos mais quentes dos últimos 100 mil anos.
Buontempo esclarece que o recorde indica que as atividades humanas nunca enfrentaram um clima tão quente. Ele diz que não existiam cidades, livros, agricultura ou animais domesticados da última vez que as temperaturas atingiram esses patamares. Assim, demanda uma reavaliação fundamental da forma como avaliamos nosso risco ambiental.
O diretor do Copernicus destaca a urgência de limitar as emissões globais. Em fala, afirma que, a menos que consigamos estabilizar rapidamente a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, não podemos esperar resultados diferentes dos que testemunhamos nos últimos meses.
Pelo contrário, seguindo a trajetória atual, em alguns anos, o ano mais quente, como foi 2023, será lembrado como um ano relativamente frio.
- Via Fatos Desconhecidos